Neste link você pode encontrar o primeiro artigo que escrevi sobre felicidade.
Ao embarcar nesta jornada para escrever sobre felicidade, recebi alguns feedbacks sobre o primeiro artigo e o comentário mais comum foi: Por que escrever sobre felicidade? Você não deveria somente vivênciá-la? Ficar pensando sobre felicidade não é que nem ficar pensando sobre quais nutrientes você está ingerindo, calculando calorias, enquanto desfruta de uma excelente refeição? Você precisa relaxar e deixar fluir, deixa a vida te levar…
Pois é ! Discordo
Obviamente não penso o tempo todo em felicidade e certamente você não vai encontrar quem o faça, isso é uma ilusão. Ilusão análoga a acreditar que é possível encontrar nos monges budistas uma capacidade única de estar presente no momento de forma medidativa o tempo inteiro, 24 horas por dias. Dois excelentes livros, um escrito pela monja Tenzin Palmo que ficou 12 anos vivendo em retiro numa caverna no Himalaia e outro escrito pelo mestre Daisetz Teitaro Suzuki desmistificam parte desta ilusão que parece estar associada a notícia da proclamação do monge Matthieu Ricard como a pessoa mais feliz do mundo.
Filosofar sobre felicidade, assim como qualquer outro tema relevante, é se questionar, refletir, pesquisar, criticar, discordar e concordar. É trabalhar a mente, através da prática e da nutrição de conteúdos (livros, artigos, palestras) que te levem a pensar sobre o tema. É muito diferente de deixar a vida te levar… é muito diferente de scrollar a tela, como em uma rede social…
Ao ler e pesquisar sobre este tema que tanto me interessa, aprendi por exemplo, que a felicidade está majoritariamente dentro da gente e na forma como encaramos a realidade que nos é imposta diariamente, aprendi que o progresso, seja no esporte, no trabalho ou na execução de uma atividade, como esta que faço agora ao escrever, são partes integrantes da felicidade e que ao contrário de deixar a vida me levar, é preciso se empenhar, é preciso agir, é preciso escolher ser feliz. É preciso como bem disseram um psiquiatra um marketeiro, aguentar ser feliz.
Percebi que o tema é vasto. Como vimos no primeiro artigo, já está presente há milhares de ano e ainda é um tema amplamente discutido
Pensando nisso, fui reunindo uma série de temáticas, que gostaria de refletir a respeito e que se conectam com este conceito de felicidade. O resultado, certamente mutável, é o mapa mental abaixo. Nos próximos posts, falarei sobre cada um deles em mais profundidade!