Lembrando do primeiro post que fiz, os artigos que escrevo, buscam interpretar aquilo que faz sentido pra mim… ensinar ou parafrasear os filósofos que tanto escreveram sobre felicidade, cabe a de quem de fato os conhecem, mas escrever é libertador e esse é o motivo para o qual escrevo… busca organizar minhas ideias… busco ter coerência para mim… e ao dividir isso recebo feedbacks (meu e de outras pessoas) que me fazem pensar… isso é nutritivo… é engrandecedor da alma.
Isto posto, passemos às reflexões:
Quando mais jovem eu não me atentava às questões da alma, das emoções. Me lembro claramente de ser alguém mal humorado, ao mesmo tempo, pouco sociável e de paixões fugazes.
Meu vício era bebida, cigarro (social) e o significado da vida? Isso não me importava… eu acordava, ia pra escola, trabalhava e esperava juntar dinheiro para fazer o que eu queria.
Por volta dos 30? Comecei a ler mais a ficar mais curioso e como os músculos que ficam mais fortes passei a dar mais sentido a minha felicidade, passei a entender o que me deixava mais alegre ou triste. A querer mais significado do que simplesmente empilhar um dia sobre o outro.
Li sobre meditação, e o pouco que pratiquei, me ajudou a ter mais conexão comigo mesmo… mas foi lendo sobre estoicismo que entendi que a felicidade estava mais no meu microcosmo do que no macrocosmo.
Então veio o esporte, que iniciou como uma questão de saúde e aparência física.
Adendo: Eu pesava 98kg em 2015, e em 2019 passei a pesar 72kg.
O esporte trouxe a dieta, a dieta trouxe o acordar cedo e a junção de tudo isso, me ensinou que o desagradável: levantar cedo, fazer esporte e comer salada em 90% dos dias, não é o que o corpo e a mente desejam, mas aí de alguma forma, eu percebi que o desconforto presente, ou a dificuldade para iniciar o esporte/levantar cedo, traziam um benefício de médio/longo prazo muito maior.
De alguma forma meu cérebro foi se tornando mais plástico e adquirindo este hábito, ainda assim, +10 anos depois, continua difícil até hj acordar cedo e fazer esportes… mas um desejo maior de aprender, de continuar bem fisicamente, me impulsionam pra frente. é como um ciclo virtuoso, que gira diariamente.
E ao fazer tudo isso, reflito, que felicidade, não é um conceito simples… felicidade é o que Espinosa definiria como ganho de potência e eu adicionaria a isso o sentimento de gratidão.
Eu não sei “ensinar” como ter gratidão… mas isso emana de mim… e parece emanar quanto mais eu trabalho para alcançar meus sonhos.
Não tenho nenhum sonho de longo prazo…
Nada que extrapole um ano… só quero viver bem no presente, mas com motivação suficiente para ter algo que me mova (competição, trabalho, etc).
No frigir dos ovos, parece que estar balanceado trabalho, amor, esporte, saúde e aprendizado (descoberta – alimento da alma) é condição para uma vida com mais alegria… e gosto mais desta palavra alegria, do que ganho de potência (de Espinosa), pois o ganho de potência remete a algo que passa uma sensação de ser fugaz, quando o que entendo ser de fato felicidade é mais sobre levar uma vida nota 7,8… e não ficar no 5 e 10 constantemente.
É isso!