Vira e mexe me pergunto por que faço um Ironman. Não me refiro ao primeiro, que é cheio de pompa e instagramável, mas ao quinto, que concluí em maio de 2024, e ao sexto, que já está nos meus planos para 2025.
É muito sacrifício!
Em todos os ciclos de preparação para a prova, perco entre 8kg e 13kg. Isso não acontece por acaso: alimentação, sono, treinos, tudo é regrado. O volume de treinos é insano, variando entre 18 e 24 horas por semana. Então, por que eu faço isso?
Para muitos, o Ironman não existe sem o Instagram. Afinal, alguns pagam as contas com o dinheiro que vem daí e outros se motivam com o feedback e o incentivo que vem da rede social. Já fui mais crítico em relação a este tipo de incentivo, mas hoje entendo que cada pessoa tem seus motivos e está tudo bem. Apenas continuo criticando o uso dessa plataforma como ferramenta de alimentação do próprio ego. Mas como o assunto aqui não é este, passemos ao meu motivo 🙂
Existe uma ferramenta utilizada por psicólogos chamada roda da vida. Nela, avaliamos a nossa vida sob cinco dimensões: Vida Interior, Vida Profissional, Vida Saudável, Vida Social e Vida Sentimental. Faz muito sentido para mim imaginar que o Ironman contribui positivamente para uma Vida Interior (propósito), Vida Saudável, Vida Social e Vida Sentimental, ou seja, são quatro áreas das cinco! Se uma vida boa é ter equilíbrio em cada uma dessas áreas, o triatlo tem um papel fundamental nisso.
Mas não é só isso. Fazer um Ironman é um objetivo claro e difícil e isso me motiva, principalmente porque hoje busco melhorar meus tempos prova após prova. Isso só parece ser possível sendo uma versão de mim mesmo melhor do que a versão que fui ontem. Isso significa mais qualidade em treinos, alimentação, sono e bem-estar mental.
Em sintese, estas são minhas reflexões: Ironman, ou triatlo de longa distância = Equilíbrio de vida e clareza de objetivo.